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A MORTE – Conclusão

IV – A MORTE

Conclusão

Nenhum de vós desejará ter uma morte má. Não andeis, pois, pelo caminho do pecado; mas, detestando os pecados cometidos, começai a servir a Deus com fidelidade, perseverando até o fim. Assim tereis a morte dos justos, a qual é preciosa ante os olhos de Deus: Pretiosa in conspectu Domini mors sanctorum eius (Sl 115,5). Oh! Como morrem tranquilos os justos!

Um moribundo que canta – Um príncipe, que se achava na caça com o seu séquito num campo, ouviu um canto alegre de gente. Aproximou-se do lugar donde vinha a voz e viu, com espanto seu, um pobre homem abatido pelo mal, que estava para morrer.

_ Como podeis cantar próximo da morte? – perguntou.

_ Por que não me devo rejubilar? Com a morte nada perco, e tudo ganho. Vejo próximo o reino eterno da alegria, onde não haverá mais moléstias, nem dores, nem lágrimas; onde verei Deus e estarei com Ele para sempre. Por que, pois, devo estar triste? – respondeu o moribundo e logo recomeçou a cantar.

O príncipe e seu séquito ficaram mais admirados que antes, vendo tal contentamento nun justo que morre.

S. Francisco de Assis – S. Francisco de Assis, ao morrer, cantava alegremente, e ainda convidava os outros a cantar. Frei Elias, admirado, lhe disse:

_ Mas, como… Quando se aproxima a morte, deve-se chorar; e vós cantais?

_ Mas eu (retruca o santo) não posso deixar de cantar, sabendo que dentro em pouco irei gozar de Deus.

***

Assim morrem os santos. Tal será também a vossa morte se viveis santamente e sempre preparados para a morte. “Felizes dos servos que, ao chegar o senhor, forem por ele encontrados vigilantes! Beati servi illi, quos cum venerit dominus invenerit vigilantes” (Lc 12,37).

S. João Fisher, cardeal e bispo de Rochester (+ 1535), já velho e alquebrado, foi condenado à morte por Henrique VIII juntamente com Tomás Morus, por não haver aprovado as impiedades e injustiças do rei. Ao sair do cárcere, esquálido e abatido, custava a caminhar, mas quando viu o patíbulo onde deveria deixar a cabeça, largou o bastão que se apoiava, exclamando:

_ Andai, ó meus pés; estamos pouco distantes do Paraíso: Ite, pedes; paulo a Paradiso distamos!

(Extraído do livro A Palavra de Deus em Exemplos, G. Montarino,

do original La Parola di Dio per Via d’Esempi.)

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