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VOZ DE FÁTIMA, VOZ DE DEUS Nº 50

10 de fevereiro de 2018

Vox túrturis audita est in terra nostra”     

(Cant. II, 12)


Ao estudo do Rev. Pe. Joaquim FBMV o Sr. Olavo de Carvalho respondeu com muitos insultos e poucos argumentos. Mas havia também argumentos. Tomemos um deles: O que está escrito na revista Verbum não reflete o pensamento do Sr. Olavo de Carvalho, mas sim o de Guénon e o de Schuon; talvez o de Lee Penn, o de Charles Upton, o de Ananda Coomaraswamy, de Whitall M. Perry; do Sr. Olavo não. Apenas a conclusão seria dele.

Seria o caso de perguntar: Quem lê? Quem entende o que leu? Quem retém o que entendeu? Pensamos que é o Pe. Joaquim que leu, entendeu e reteve o que entendeu.

Quem tem ouvidos, ouça. Quem não os tem, ou quem prefere não ouvir, ser-lhes-ia mais acertado procurar os sacramentos junto a outros padres, pois sacramentos vão de par com a doutrina.

Ainda um argumento que não deixa de ser insultante. Vejamos sua força, ou melhor, sua fraqueza.

O Sr. Olavo escreve:

“E eis porque os que posam de defensores da verdade sem jamais tê-la buscado, os que creem conhecê-la tão somente porque a receberam pronta de uma cátedra ou de um púlpito, ERRAM SEMPRE, ainda que partindo de premissas fundadas por Deus em pessoa.”

Notemos os termos: “posam”, “jamais”, “creem conhecê-la”, “pronta”, “cátedra”, “púlpito”, “erram sempre”.

O “pronta” é revelador. Receber a verdade pronta. Que quer dizer receber a verdade “pronta”? Seria recebê-la sem compreendê-la? Ou seria também recebê-la compreendendo-a? O fato de ela chegar “pronta” ou “não pronta”, que diferença faz? O esforço ou não esforço para obtê-la é uma diferença? Sim. Mas esta diferença é exterior ao ato de compreender. Compreender é receber. Pouco importa o canal (cátedra, púlpito, livro, aula, conversa, etc.). O que importa é o resultado. Neste resultado há uma ação da parte do que recebe. Há uma tomada de posse e ela tem um nome: conhecer. É isto que importa. E este conhecimento exige uma atenção, e esta atenção exige um desejo, e este desejo tem um nome: amor. Amor da verdade.

Tomemos outro termo: “jamais”; “sem jamais tê-la buscado”. Buscado o quê? A verdade? Jamais? Que sabe o Sr. Olavo de Carvalho? Quem se faz religioso, quem deixa a pátria para formar-se, para receber a mais segura doutrina, a verdadeira doutrina do Magistério da Igreja; que faz ele?

Deixemos a última palavra a Welder Ayala, no livro “É assim porque Deus o quis”. Que diz ele? Que a filosofia de Olavo de Carvalho é perigosa para a fé. Leiam o livro e os argumentos apresentados. Concordamos com o autor e o felicitamos.

+ Tomás de Aquino OSB

U.I.O.G.D

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