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A MORTE – Incerteza


IV – A MORTE

Incerteza

2 – Incerteza

2.1 – Quando virá a morte?

Não o sabemos. O Senhor nos diz que “ela virá como ladrão à noite: Sicut fur in nocte, ita veniet” (Tes 5,2). Quantos morrem subitamente! Amiúde ouvimos dizer: fulano caiu numa rua e ficou morto; sicrano foi fulminado por um raio e morreu imediatamente; beltrano foi assassinado; outro ficou debaixo de um carro…

Também falais noutros que foram colhidos pela morte em terremotos, inundações, quando ainda criam viver muitos anos.

A missa fúnebre de Mozart – Mozart (+ 1791) era um célebre compositor de música alemão. Um dia foi a ele um desconhecido que lhe disse:

_ Maestro, há um senhor que desejaria de vós, o mais breve possível, uma Missa fúnebre, mas que seja bela e digna do vosso grande engenho musical!

Mozart pôs logo mãos à obra, e trabalhou dia e noite, até levar ao fim a Missa fúnebre. Mas com isso prejudicou tanto a saúde que adoeceu gravemente, devendo sucumbir ao mal e morrer, com apenas 36 anos de idade! E a Missa fúnebre? A pessoa que a encomendara não apareceu mais; e os amigos daquele grande artista fizeram aquela Missa acompanhar os seus funerais, não achando música mais digna para honrar o maestro. Teria Mozart pensado que aquela obra musical devia servir a primeira vez para ele morto? (FELLER, Biogr. Univ).

Todo mundo pode dizer: Estarei vivo amanhã? Quantos à noite foram para a cama, e pela manhã foram achados mortos!

2.2 – Onde morremos?

Quem o sabe? Em qualquer lugar se pode morrer, pois em parte alguma se está seguro.

A viagem de um marujo – Pretendia um marujo fazer uma viagem num navio para a Índia. Mas um amigo dissuadiu-o, fazendo-o refletir que no mar há muitos perigos. Depois lhe acrescentou:

_ Onde morreu teu pai?

_ No mar, num naufrágio – respondeu o marujo.

_ E teu avô?

_ No mar, pescando – disse o marujo.

_ Estás vendo? E te queres meter no mar?

Então, perguntou o marujo ao amigo:

_ Onde morreu teu pai e teu avô?

_ Em sua cama – respondeu o amigo.

_ E ainda te pões na cama?

O amigo compreendeu que por toda a parte se pode morrer.

2.3 – Como morremos?

Na graça de Deus ou no pecado? Com ou sem os Sacramentos? Quantos morrem nos bailes, na embriaguez, nos divertimentos proibidos, no pecado! Não poderia a morte colher-vos também com o pecado na alma? E onde iríeis então? Para o báratro do inferno a arder para sempre! Dizia um pregador: Qual de vós iria dormir com um morto, mesmo uma só noite? E poder-se-ia passar dias e noites com a alma morta?

Morto após o primeiro pecado  –  Havia numa cidade um jovem que se podia dizer o modelo de todos os demais. Um dia ele quis ir a um lugar vizinho onde se dava uma festa com muitos divertimentos. Ele já estava habituado a ir lá com os pais, ou então com um bom companheiro; mas dessa vez foi só. Para sua desgraça topou um rapaz mau e perdido, o qual o levou consigo; e depois de o conduzir aos divertimentos, aos poucos houve oportunidade de o pobre jovem cometer o primeiro pecado mortal. Mas ai de mim! Esse pecado foi até o último, porque, apenas chegando em casa, o jovem caiu morto (Boudrand).

(Extraído do livro A Palavra de Deus em Exemplos, G. Montarino,

do original La Parola di Dio per Via D’Esempi)

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